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Quem são os influenciadores digitais e o que eles podem fazer pela sua marca?

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Por Paulo
19 de setembro de 2017 | 8 minutos

Há muito tempo, plataformas como o Youtube e Snapchat têm tomado mais horas do consumidor que os meios tradicionais, como a TV e a leitura física. Principalmente devido a praticidade dos vídeos, no qual, inclusive, não dependemos do visual em muitos casos, o que também acaba substituindo a função do rádio.  Mas o que faz com que os mais jovens passem tanto tempo nas redes sociais e em plataformas de compartilhamento?

Isso se dá pela ampla variedade de possibilidades que essas plataformas trazem. Mas há um motivo especial que talvez seja o principal de todos: a possibilidade de acompanhar, seguir, receber notificações, curtir, não curtir, responder, comentar, enfim, interagir com os chamados “influenciadores digitais”.

Nas rodas de conversas dos adolescentes é possível notar uma crescente influência dos “Vlogger’s”, “Youtuber’s” ou, nesta denominação mais recente, “Digital Influencer’s”, que têm tomado cada vez mais o mercado publicitário, se tornando cada dia mais comum ver grandes marcas trabalharem com seus rostos, que ficaram conhecidos principalmente graças ao Youtube.

Mas o que faz destas pessoas “influenciadores de opinião”? A resposta pra isso depende de uma série de fatores, mas um fato em comum é que todos eles passam horas do dia falando sobre coisas que muitas pessoas gostariam de poder dizer, fazem tutoriais das coisas mais inusitadas ou simplesmente dão sua visão sobre determinado assunto.

E talvez essa seja uma necessidade básica de todos nós, a de buscar informação onde quer que ela esteja e no formato que for possível, ainda que nos dias de hoje, a preferência seja pelo formato mais prático. E nisso se inclui também a busca pelos influenciadores, que mudam a nossa maneira de pensar e agir.

Uma marca que trabalha com influenciadores de maneira constante é o McDonald’s, que realizou uma ação com food trucks para divulgar sua nova linha de sanduíches com a assinatura do “Chef” e teve em suas ações a presença de vlogueiros de culinária.

Outro exemplo é a Vivo, que produziu um documentário veiculado no Youtube, em formato de anúncios patrocinados, no qual a cada anúncio era possível assistir um novo trecho do curta que contava a trajetória e um pouco sobre a vida dos vlogueiros “gamers”, aqueles que criam conteúdo baseado apenas em jogos.

E por aí vai, os nichos explorados dentro da plataforma são infinitos e a cada dia que passa aparecem novas maneiras de atrair e reter a atenção desse público, que quer ouvir e interagir apenas com aquilo que dá vontade. Nesse sentido, surgem marcas que enxergam essas oportunidades e investem em influenciadores para estampar suas campanhas. Isto tem dado muito certo, a ponto de existirem várias formas de anunciar quando se fala em usar um influenciador dentro de uma campanha.

Os formatos variam desde uma simples inserção do produto ou marca em uma publicação no Instagram, uma nova roupagem do já antigo “product placement” (nesse caso, normalmente o influenciador pode citar a marca falando sobre como gostou da experiência e recomendar aos seus seguidores), pode-se também utilizar influenciadores como modelos, como a Oi tem feito com o já famoso Whindersson Nunes, utilizando o youtuber em diversas situações inusitadas.

Ainda há o formato em que a empresa pede para que os influenciadores falem sobre o produto nas vinhetas de seus vídeos, num formato de patrocínio narrado, estilo merchandising, bastante utilizado por canais “gamer”. Enfim, são infinitas as possibilidades quando se tem uma marca estabelecida e um influenciador repleto de seguidores que estão dispostos a fazer tudo o que lhes for indicado.

O uso de influenciadores digitais é muito variado dentro da publicidade.

O uso de influenciadores digitais é muito variado dentro da publicidade.

Porém, quando marcas pensam em utilizar influenciadores, que portam opiniões próprias e normalmente seguem em frente defendendo estas opiniões, é preciso que se tome um cuidado além do normal para não deixar que estas ideologias acabem indo contra os ideais da própria empresa.

Por exemplo, existem canais muito famosos que falam sobre política, esse é um assunto ao qual as marcas devem manter uma certa distância, levando em consideração que o público pode e normalmente vai possuir uma variedade bem significativa de opiniões e crenças com relação a esse tipo de assunto. Embora em muitos casos o uso de influenciadores seja extremamente viável e benéfico, assim como toda ação em marketing, é preciso de planejamento e estudo sobre a sua real necessidade e objetivo.

Antes de mais nada, as marcas também devem agir como influenciadoras e, para isto, basta que estudem os comportamentos que vêm moldando a maneira como se consome mídia nos dias de hoje, algumas marcas já perceberam isso e além de usar influenciadores em suas estratégias, também procuram agir da mesma maneira que esses.

Como por exemplo o Netflix, que utiliza uma comunicação extremamente horizontal com seu público e procura de maneira diferenciada manter o contato o mais pessoal possível, sem deixar aquela impressão de que falamos com um robô toda vez que precisamos sanar uma dúvida, criticar ou elogiar o serviço por meio de uma rede social.

Essas marcas também percebem que para se tornarem influenciadoras, é preciso estar atento aquilo que o público busca, espera ou até mesmo pede. Ou seja, é preciso criar uma relação amigável com seu público, de maneira que ele sempre deixe vestígios do que espera da sua marca e de como ela pode ajudar a sanar uma necessidade ou anseio. Essas dicas simples podem fazer toda a diferença na avaliação entre ser influenciador ou precisar de um, ambas as possibilidades estão a disposição e podem ser utilizadas com muito sucesso, basta sabermos o porquê de fazer cada coisa.

O uso de influenciadores digitais faz parte de uma estratégia de marketing na internet. Quer mais dicas de marketing digital? Clique aqui.

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